Áreas de atuação


Cirurgia
Robótica

Introdução

Originalmente desenvolvido pelo exército do Estados Unidos, a tecnologia robótica foi idealizada para permitir a realização de cirurgias em soldados feridos no campo de batalha, que deveriam ser executadas por cirurgiões localizados à distância. Esta técnica cirúrgica consiste em uma adaptação da cirurgia laparoscópica, a qual permite ao cirurgião a realização de procedimentos minimamente invasivos através de pequenas incisões. O advento do robô trouxe maior precisão cirúrgica e possibilitou que procedimentos complexos fossem realizados de forma segura. Por permitir uma visualização ampliada do campo cirúrgico, em alta definição e tridimensional (3D), o uso do robô garante um melhor acesso e visualização das estruturas anatômicas, possibilitando uma cirurgia mais precisa, eficaz e segura.

Como funciona o robô?

Considerada uma cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia robótica é realizada por meio de instrumentos especiais controlados por braços robóticos. Estes finos instrumentos são introduzidos até o local cirúrgico através de pequenas incisões no abdome. O cirurgião permanece sentado no console ao lado do paciente durante toda a cirurgia, de forma ergonômica e confortável, de onde ele controla toda a plataforma robótica. O robô interpreta os movimentos dos dedos e do punho do cirurgião, transformando-os em um movimento cirúrgico extraordinariamente preciso no campo operatório.

Quem opera: o robô ou o cirurgião?

Diferentemente do que muitos podem imaginar, o robô não funciona de forma autônoma, todos os movimentos realizados por ele na verdade são controlados pelo cirurgião. A função do sistema robótico é permitir ao cirurgião um movimento mais preciso e delicado, com uma visualização mais acurada e em uma posição no console que evita o cansaço ao longo da cirurgia. O robô nunca toma decisões próprias, nem executa comandos que não tenham sido ordenados pelo cirurgião.

Quais são os benefícios da cirurgia robótica?

Através da cirurgia robótica, pode-se realizar cirurgias complexas, e ao mesmo tempo delicadas, que poderiam ser difíceis ou impossíveis por outros métodos. Há um controle preciso da cirurgia e uma visualização magnificada das estruturas. Os benefícios da cirurgia robótica, incluem:

  • Menor perda sanguínea (em se comparando com a técnica aberta ou videolaparoscópica)
  • Menor dor no pós-operatório
  • Menor tempo de hospitalização
  • Retorno mais precoce às atividades normais do dia-a-dia
  • Frequentemente propiciam um melhor desfecho clínico global
  • Cicatrizes menores
  • Menor taxa de complicações, como infecção de sitio cirúrgico, por exemplo

Quais são as cirurgias urológicas podem ser feitas com robô?

Vários procedimentos urológicos podem ser realizados de forma precisa e segura com o auxilio do robô. Esse acesso cirúrgico tem se tornado o acesso de escolha nos principais centros do mundo. Hoje nos Estados Unidos e Reino Unido, a expressiva maioria das Prostatectomias Radicais e Nefrectomias Parciais são realizadas com auxílio do robô. Também é assim aqui nos grandes centros do Brasil. No Einstein, nossa prática é realizada 100% com o uso do robô.

Seguem exemplos de cirurgias que podem ser realizadas:

  • Prostatectomia radical (tratamento de câncer de próstata)
  • Prostatectomia simples (tratamento de hiperplasia prostática benigna)
  • Nefrectomia radical (tratamento de câncer de rim)
  • Nefrectomia parcial (tratamento de câncer de rim)
  • Cistectomia radical (tratamento de câncer de bexiga)
  • Pieloplastia (correção de estenose de junção uretero-piélica - JUP)
  • Reimplante ureteral (tratamento de estenose e ureter)
  • Uretero-ureteroanastomose (tratamento de estenose e ureter)
  • Sacropromotofixação (cirurgia para correção de prolapso genital)
  • Hernioplastia inguinal
  • Linfadenectomia de Retroperitônio (para tratamento de câncer de testículo)

Qualquer cirurgião pode realizar cirurgia robótica?

Não. Para um cirurgião ser apto a realização de uma cirurgia robótica ele deve passar por um treinamento específico, em seguida é acompanhado por um Proctor em suas primeiras cirurgias e então precisa se mostrar capaz de obter uma certificação que lhe garanta poder executar os procedimentos cirúrgicos sem estar acompanhado de alguém mais experiente.